A Anistia Internacional (AI) publicou, nesta segunda-feira, casos de torturas, como abusos sexuais, físicos e psicológicos no Estado irlandês e na Igreja Católica, sofridos por milhares de crianças e adolescentes na Irlanda.
Os abusos detalhados pela AI, indica casos de desnutrição e espancamentos que são cometidos por funcionários destas instituições, principalmente por padres da igreja católica.
No relatório emitido na manhã desta segunda, Colm O’Gorman, diretor-executivo da organização da AI, na Irlanda, explica que “estes abusos ocorreram não porque não sabíamos deles, mas porque muita gente em nossa sociedade preferiu ignorá-los. Não que todo mundo soubesse, mas muita gente em posições de poder optou por não agir”. O’Gorman também já foi vítima de abusos sexuais e afirma que “o abuso de milhares de crianças irlandesas é, talvez, a maior tragédia humanitária na história do país. Muitos dos abusos descritos respondem à definição de tortura na legislação internacional sobre direitos humanos”.
Em 2005, o “Relatório Ferns” divulgou que na pequena diocese de Ferns, na Irlanda, mais de 100 casos de abusos sexuais foram cometidos por padres católicos entre os anos de 1962 e 2002.
Em 2009, o “Relatório Ryan” também denunciou instituições estatais dirigidas por religiosos na Irlanda, acusados de torturar milhares de menores, entre 1940 e 1990. Ainda no mesmo ano, o “Relatório Murphy”, relatou que as autoridades católicas esconderam o caso de abuso cometido por padres às crianças, entre os anos de 1975 e 2004.
Já em julho de 2011, o “Relatório Cloyne” publicou que as autoridades eclesiásticas da arquidiocese de Dublin, a maior do país, não levaram em conta as denúncias dos abusos sexuais que foram cometidos por 19 clérigos contra menores de idade na Irlanda.
Depois de publicar o caso, o premiê Irlandês, Enda Kenny, acusou o Vaticano de contribuir para a ocultação dos casos e ainda mencionou sua atitude como “vergonhosa”.
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